sexta-feira, 17 de agosto de 2012

INTRODUÇÃO, CONCEITO DE MINERAL, CLASSIFICAÇÃO QUÍMICA DOS MINERAIS



A mineralogia é a ciência que estuda os minerais, o que são eles, como são
formados e onde ocorrem. Uma vez que os minerais estão por toda parte (são as substâncias
formadoras das rochas, solos e sedimentos) e fornecem uma grande parte das matérias
primas usadas em aplicações tecnológicas e industriais, o potencial de aplicação deste
conhecimento é vasto. Na verdade, com exceção das substâncias orgânicas, os demais
materiais que usamos ou com os quais convivemos no dia a dia são todos minerais ou de
origem mineral.
Embora sejam substâncias extremamente comuns, estabelecer um conceito claro e
preciso de mineral não é uma tarefa fácil. Abaixo estão listadas algumas das muitas
definições já propostas:
•  Mineral é um sólido homogêneo natural, inorgânico, com uma composição química
definida e um arranjo atômico ordenado (Mason et al. 1968)
•  Mineral é um corpo produzido por processos de natureza inorgânica, tendo
usualmente uma composição química definida e, se formado sob condições
favoráveis, uma certa estrutura atômica característica, a qual está expressa em sua
forma cristalina e outras propriedades físicas (Dana & Ford, 1932)
•  Minerais são substâncias inorgânica naturais, com uma composição química e
propriedades físicas definidas e previsíveis (O’Donoghue, 1990)
•  Minerais podem ser distinguidos uns dos outros pelas características individuais que
são uma função direta dos tipos de átomos que eles contém e dos arranjos que estes
átomos fazem no seu interior (Sinkankas, 1996)
•  Mineral é um composto químico que é normalmente cristalino e que foi formado
como resultado de processos geológicos. (Nickel, 1995)
O conceito mais aceito, e que utilizaremos neste curso é o de Klein & Hurlbut (1999):
“Um mineral é um sólido, homogêneo, natural, com uma composição química definida
(mas geralmente não fixa) e um arranjo atômico altamente ordenado. É geralmente
formado por processos inorgânicos”.
Vejamos algumas implicações deste conceito em maior detalhe, abaixo:

-  Sólido: as substâncias gasosas ou líquidas são excluídas do conceito de mineral.
Assim, o gelo nas calotas polares é um mineral, mas a água não. Algumas
substâncias que fogem a esta definição ainda assim são objeto de estudo do
mineralogista. É o caso do mercúrio líquido, que pode ser encontrado na natureza,
em determinadas situações. Nestes casos, a substância é chamada de mineralóide.
-  Homogêneo: algo que não pode ser fisicamente dividido em componentes químicos
mais simples. Este conceito é obviamente dependente da escala de observação, uma
vez que algo que é aparentemente homogêneo a olho nu pode ser constituído de
mais de uma substância, quando observado em escala microscópica.
-  Natural: exclui as substâncias geradas em laboratório ou por uma ação consciente
do homem. Quando estas substâncias são idênticas em composição e propriedades a
um mineral conhecido, o nome deste mineral pode ser usado, acrescido do adjetivo
“sintético” (por exemplo, esmeralda sintética). Acima, consideramos o gelo das
calotas polares como um mineral. Entretanto, para seguir o conceito de mineral à
risca, o gelo que fabricamos na geladeira não constitui um mineral.
-  Composição química definida: significa que um mineral é uma substância que pode
ser expressa por uma fórmula química. Por exemplo, a composição do ouro nativo é
Au, a do quartzo é SiO2, a da calcita é CaCO3, e assim por diante. Entretanto em
muitos minerais é possível a substituição de um ou mais elementos da fórmula
original por outros. Assim, a dolomita CaMg(CO3)2 admite a substituição de Mg
por quantidades variáveis de Fe e Mn, e a esfalerita ZnS admite a substituição de Zn
por quantidades variáveis de Fe. Em muitos casos, a composição química dos
minerais pode variar dentro de certos limites, sem que seja necessário alterar o
nome do mineral. Em outros casos as variações são tão grandes que caracterizam
uma espécie mineral distinta.
-  Arranjo atômico ordenado: implica na existência de uma estrutura interna, onde os
átomos ou íons estão dispostos em um padrão geométrico regular. Este padrão
obedece às regras de simetria que você estudou na disciplina de cristalografia, e os
sólidos assim constituídos pertencem a um dos sistemas cristalinos: triclínico,
monoclínico, ortorrômbico, tetragonal, hexagonal (trigonal) e isométrico. Sólidos
que possuem tal arranjo interno ordenado são chamados de cristalinos. Os que não o
possuem são chamados de amorfos, e fogem á classificação estrita de mineral,
compondo o grupo dos mineralóides.
-  Inorgânico: aqui o termo “geralmente” é incluído por Klein e Hurlbut no conceito,
para permitir o enquadramento de substâncias que atendem a todos os requisitos
acima, mas são geradas naturalmente por (ou com a ajuda de) organismos. Estes
minerais são chamados de biogênicos e, à exceção da sua origem, são idênticos aos
minerais equivalentes formados por processos inorgânicos. O exemplo mais comum
de mineral biogênico é o carbonato de cálcio (CaCO3) presente nas conchas de
moluscos na forma dos minerais calcita, dolomita ou vaterita. Alguns outros
exemplos incluem alguns sulfetos, sulfatos, fosfatos, fluoretos, óxidos, enxofre
nativo e formas amorfas de SiO2.

CLASSIFICAÇÃO QUÍMICA DE MINERAIS
COMPOSIÇÃO QUÍMICA
Conforme visto acima, a definição de mineral implica em “uma composição
química definida (mas geralmente não fixa)”.
Para determinar com segurança a composição química de um mineral é necessário
fazer uma análise química em laboratório. Diversos métodos analíticos (análise por via
úmida, fluorescência de raios-x, microssonda eletrônica, espectrometria de absorção
atômica, ICP-MS, etc.) podem ser utilizados para tanto, e cada um tem características e
aplicações específicas que estão fora do escopo do curso de Fundamentos de Mineralogia.
Os resultados da análise química quantitativa de minerais e rochas são geralmente
expressos em proporção relativa ao peso do material analisado. Assim, os elementos (ou
óxidos) mais abundantes na amostra podem ser expressos em termos de “percentagem em
peso”, enquanto elementos que estão presentes em quantidades muito pequenas são
normalmente expressos em “ppm”. (partes por milhão, também relativamente ao peso do
material analisado).
A tabela abaixo (Klein & Hurlbut, 1999, p. 240) ilustra um resultado de análise química
quantitativa de um sulfeto.
1 2 3 4
% em
peso
Peso
atômico
Proporção
atômica
Razões
Atômicas
Cu 34,30 63,54 0,53982 ≈ 1
Fe 30,59 55,85 0,54772 ≈ 1
S 34,82 32,07 1,08575 ≈ 2
Total 99,71
A julgar pelos resultados da coluna 1, poderíamos interpretar o mineral como tendo
proporções iguais de Cu, Fe e S. Esta interpretação pode ser justificada do ponto de vista de
percentagem em peso, mas não reflete a real proporção de átomos de cobre, ferro e enxofre
na fórmula do mineral. Isto ocorre porque os três elementos possuem pesos atômicos
diferentes (coluna 2). Assim, um átomo de enxofre pesa pouco mais que a metade de um
átomo de ferro e quase a metade de um átomo de cobre. A verdadeira proporção entre os
átomos de cobre, ferro e enxofre na formula do mineral pode ser obtida dividindo-se os
valores das percentagens em peso (coluna 1) pelo respectivo peso atômico de cada
elemento (coluna 2), fornecendo as proporções atômicas da coluna 3. A partir destes
valores, é possível deduzir que existem, aproximadamente, 1 átomo de Cu e 1 átomo de Fe
para cada 2 átomos de S no mineral em questão. É possível, agora, representar a fórmula
química do mineral como CuFeS2, que corresponde ao mineral calcopirita. Note que, na
calcopirita, a proporção de Cu:Fe:S é 1:1:2, mas a proporção dos metais para o não-metal é
(Cu+Fe):S = 2:2 = 1:1. A proporção entre os metais e os não-metais é freqüentemente
usada como um critério para separar tipos químicos dentro de uma classe de minerais,
como veremos mais adiante.

Considere agora o caso da esfalerita (ZnS). A esfalerita admite quantidades
variáveis de Fe substituindo o Zn e, portanto, formando uma solução sólida parcial com
FeS. A fórmula química de soluções sólidas é freqüentemente expressa numa forma
semelhante a esta: (Zn,Fe)S, que indica que o mineral é um sulfeto de zinco e ferro, mas
contendo proporções variáveis dos dois metais. Na verdade, outros elementos, como
manganês e cádmio, também podem entrar na estrutura da esfalerita, porém em quantidades
subordinadas. A tabela abaixo mostra o resultado de uma análise química (percentagens em
peso) de esfalerita rica em ferro (Klein & Hurlbut, 1999, p. 241):
1 2 3
% em
peso
Peso
atômico
Proporção
atômica
Fe 18,25 55,85 0,327
Mn 2,66 54,94 0,048
Cd 0,28 112,41 0,002
Zn 44,67 65,38 0,683
S 33,57 32,07 1,047
Total 99,43
Neste caso, o total de cátions na fórmula do mineral é de 1,060 (coluna 3,
Fe+Mn+Cd+Zn). Note que a proporção de cátions para o enxofre é de aproximadamente
1:1, como na esfalerita pura (ZnS). Como o mineral é uma solução sólida, uma
representação mais adequada da fórmula seria (Zn,Fe,Mn,Cd)S. Nos casos em que se
dispõe de uma análise química quantitativa, é possível expressar a fórmula exata para
aquele mineral específico. Para o sulfeto da tabela acima esta fórmula seria:
(Zn64,4 Fe30,8 Mn4,5 Cd0,2)S
Os índices da fórmula acima foram obtidos dividindo a proporção atômica de cada cátion
(coluna 3) pelo total de cátions (1,060) e multiplicando por 100. Estes índices representam,
portanto, as percentagens de ZnS, FeS, MnS e CdS na fórmula do mineral analisado.
Como a maior parte dos minerais contém grandes quantidades de oxigênio, muitas
vezes é mais conveniente expressar a análise química de um mineral como percentagem em
peso de óxidos (como CaO, MnO, SiO2, etc) ao invés de percentagem em peso de
elementos químicos puros. Nestes casos, o cálculo da fórmula do mineral segue um método
semelhante ao descrito acima, porém os pesos moleculares dos óxidos são utilizados, em
lugar dos pesos atômicos dos elementos.
CLASSIFICAÇÃO QUÍMICA DOS MINERAIS
Minerais que possuem um mesmo ânion (ou grupo aniônico) dominante apresentam
mais semelhanças entre si do que os que são formados pelo mesmo cátion dominante.
Assim, um carbonato de cálcio apresenta muito mais semelhanças com um carbonato de
magnésio do que com um sulfato de cálcio. Além disso, minerais que possuem o mesmo
ânion (ou grupo aniônico) dominante costumam ocorrer juntos, ou em ambientes
geológicos semelhantes (por exemplo, cloretos de sódio e de potássio em evaporitos,

carbonatos de cálcio e de magnésio em rochas calcárias, sulfetos de ferro e de cobre em
veios hidrotermais, e assim por diante).
Por estas razões, os minerais são agrupados em classes segundo o seu ânion ou
grupo aniônico (por exemplo, carbonatos, fosfatos, silicatos, etc.), e o estudo dos minerais
durante o curso de Fundamentos de Mineralogia também obedecerá a este agrupamento.
Cumpre ressaltar, entretanto, que a correta classificação dos minerais não se baseia somente
na composição, mas também na estrutura interna de cada mineral (por exemplo, CaCO3
cristalizado no sistema ortorrômbico é o mineral aragonita, enquanto a forma trigonal de
CaCO3 é a calcita).
Os minerais dentro de uma classe podem ainda ser subdivididos em famílias, de
acordo com o tipo químico, grupos, de acordo com a similaridade estrutural, e espécies
(minerais com mesma estrutura, mas com composição química diferente, como os membros
de uma série isomórfica). As classes de minerais são
•  elementos nativos
•  sulfetos
•  sulfossais
•  óxidos
!  simples e múltiplos
!  hidróxidos
•  halogenetos
•  carbonatos
•  nitratos
•  boratos
•  fosfatos
•  arseniatos
•  vanadatos
•  sulfatos
•  tungstatos
•  silicatos
BIBLIOGRAFIA
Bloss, F.F., 1994. Crystallography and crystal chemistry: An introduction. Washington,
Mineralogical Society of America, 545p.
Klein, C & Hurlbut, C.S., 1999, Manual of Mineralogy. New York, John Wiley & Sons,
21st edition, 596p.

Processos de Datação Das Rochas


A BIOESTRATIGRAFIA


            A bioestratigrafia procura registrar de forma sistemática a distribuição no tempo e no espaço de todas as espécies. O confronto dessa distribuição permite a identificação de horizontes particularmente marcantes que servem para a delimitação da unidade bioestratigráfica fundamental, que é a zona. A distribuição espacial e temporal dos organismos fornece uma escala de tempo relativo e que pode ser associada à escala de tempo absoluto, resultando numa escala de tempo integrada.



URÂNIO-CHUMBO


            Todos os isótopos do urânio (existem cerca de 15 conhecidos) são instáveis. Em seus processos de desintegração, muitos elementos intermediários são formados, e seus produtos finais (“filhos”) são isótopos estáveis do chumbo (Pb).
            Dois isótopos de urânio (U) são usados para datação: 235U, que se transforma em 206Pb na base de uma vida média de 713 milhões de anos, e o 238U, que se transforma em 206Pb a uma vida média de 4,5 bilhões de anos. O chumbo de origem natural que ocorre nos minerais é formado por inúmeros isótopos, dos quais aproximadamente a metade foi produzida pela desintegração do urânio.
            Além de minério de urânio, que não é muito comum, um dos melhores minerais para se utilizar na datação pelo processo urânio-chumbo é a zirconita. A fórmula química da zirconita é ZrSiO4.
            As zirconitas são encontradas em pequenas quantidades em rochas comuns como o granito, e nesse caso a idade medida representa o tempo em que o granito se solidificou. Uma das características da datação pelo processo urânio-chumbo é que dois isótopos diferentes estão se desintegrando ao mesmo tempo, e assim dois “filhos”são produzidos juntamente, o que vem a ser uma maneira de se conferir os resultados, diminuindo a margem de erro. Se a idade calculada a partir de cada binômio “mãe-filhos” é a mesma, pode-se ter certeza de estar num sistema fechado e de que se obteve uma idade precisa.


POTÁSSIO – ARGÔNIO

            Existem três isótopos naturais do potássio (K) e dois deles, que juntos perfazem mais de 99% do potássio mundial, são estáveis. Entretanto, 40K não é estável e desintegra-se de duas maneiras diferentes. Cerca de 89% do 40K desintegra-se pela emissão de uma partícula beta, convertendo assim um nêutron em um próton. O potássio então converte-se em cálcio (Ca), mas esse descendente, 40Ca, não é diferente da forma mais comum de cálcio e não é produzido através da radioatividade. Dessa maneira, a probabilidade de que parte desse 40Ca medido num mineral já pertencia à rocha no início da contagem do tempo torna limitado o uso do sistema.
            Os restantes 11%de 40K desintegra-se, capturando um de seus próprios elétrons orbitais para dentro de seu núcleo, em vez de emitir partículas. A adição de uma carga negativa no núcleo converte um próton em um nêutron, e o elemento com um próton a menos que o potássio é o argônio (Ar). Argônio é o terceiro gás mais abundante em nossa atmosfera (depois do nitrogênio e do oxigênio), e a maior parte dele é gerada pela radioatividade. O potássio faz parte da constituição de diversos minerais muito comuns, como as micas, o que faz com que o método 40K – 40Ar seja mais utilizado para a datação.
            O problema aqui é que o descendente argônico – que é um gás relativamente inerte – pode facilmente escapar do sistema; decorre daí que a datação computada pode ficar muito recente. Por sorte alguns minerais tendem a reter mais o argônio do que outros.
            Se houver suspeita de que a rocha sofreu um reaquecimento, devem ser escolhidos outros minerais para a datação. A abundância de minerais portadores de potássio e a meia-vida de 1,3 bilhão de anos para o 40K permitem a datação em muitos tipos de rochas.
            As melhores condições para datação ocorrem para rochas que se formaram somente 50.000anos atrás. Entretanto, a pequena quantidade de 40Ar produzida durante esse curto intervalo de tempo torna imperativa a execução de medidas com precisão rigorosa, o que limita o uso desse método para rochas jovens.


RUBÍDIO – ESTRÔNCIO

            O último sistema para datação de rocha é o da transformação do rubídio-87 (87Rb) em estrôncio-87 (87Sr). Existem algumas dúvidas quanto à meia-vida exata do 87Rb, mas sabe-se que é muito longa, cerca de 47 bilhões de anos. Este método é mais frequentemente usado para a datação de certas micas e feldspatos de rochas ígneas ou metamórficas.

rochas ígneas



1.   SEQÜÊNCIA DE CRISTALIZAÇÃO DAS ROCHAS ÍGNEAS:
AS ROCHAS ÍGNEAS SÃO CARACTERIZADAS POR SE ORIGINAREM ATRAVÉS DO RESFRIAMENTO E CONSOLIDAÇÃO DO MAGMA, QUE É UMA SOLUÇÃO SILICATADA COMPLEXA, QUENTE, EM ESTADO TOTAL OU PARCIAL DE FUSÃO.

·                  ROCHAS DE COMPOSIÇÃO DIFERENTES FUNDEM EM TEMPERATURAS DIFERENTES;
·                  MINERAIS RESULTANTES DA SOLIFICAÇÃO DE UMA FUSÃO DEPENDEM DA:
-          COMPOSIÇÃO QUÍMICA DA FUSÃO
-          PRESSÃO TOTAL
-          PRESSÃO PARCIAL DOS VOLÁTEIS

2.   MODO DE OCORRÊNCIA DAS ROCHAS ÍGNEAS:
INTRUSIVAS: O RESFRIAMENTO SE DÁ NO INTERIOR DA CROSTA
-          PLUTÔNICAS OU ABISSAISgrandes profundidades – Ex: granito, sienito;
-          HIPOABISSAISmédias profundidades – Ex: diabásio;

EXTRUSIVAS: FORMADAS NA SUPERFÍCIE TERRESTRE
-          DERRAMES VULVÂNICOSextravasamento e resfriamento da lava – Ex: basalto, andesitos;
-          DEPÓSITOS PIROCLÁSTICOSocorrem explosões – Ex: brechas vulcânicas, tufos, cineritos.
3.   DESCRIÇÃO MACROSCÓPICA DAS ROCHAS ÍGNEAS:

a)    TEXTURA:
-          HOLOHIALINAsomente matéria vítrea;
-          HOLOCRISTALINAsomente matéria cristalina;
-          HEMICRISTALINAambos.

b)   TAMANHO COMPARATIVO DOS GRÃOS:
-          EQUIGRANULARgrãos com tamanhos semelhantes;
-          INEQUIGRANULARgrãos com tamanhos diferentes (3 a 4 vezes);
-          PORFIRÍTICAa rocha possui matriz holocristalina com cristais;
-          PÓRFIRAa rocha possui matriz holohialina e cristais.

c)    ESTRUTURA:
-          MACIÇAminerais homogeneamente distribuídos;
-          VESICULARpresença de cavidades em formas esféricas ou irregulares, devido à presença de bolhas de vapor de água ou gases da lava em resfriamento;
-          AMIGDALÓIDEocorrem quando as cavidades vesiculares estiverem preenchidas por minerais secundários;
-          FLUIDAIScorrespondem à orientação de minerais, vesículas ou mesmo a formação de bandas, devido ao fluxo da lava em consolidação.

4.     APLICAÇÕES PRÁTICAS DAS ROCHAS ÍGNEAS

a)   CONSTRUÇÃO CIVIL – EDIFICAÇÕES:
O GRANITO É A ROCHA MAIS EMPREGADA COMO PEDRA DE CONSTRUÇÃO: GRANDES BLOCOS PARA PEDESTAL DE MONUMENTOS, PEDRAS PARA MUROS E MEIO-FIOS, PARALELEPÍPEDOS E PEDRAS IRREGULARES PARA PAVIMENTAÇÃO, BRITA PARA CONCRETO, PLACA POLIDAS PARA REVESTIMENTO DE PAREDES, PIAS, LAVABOS, ETC.
O BASALTO TAMBÉM SE PRESTA PARA AS MESMAS UTILIDADES.

b)  ATERROS:
OS SOLOS ORIGINADOS DE ROCHAS GRANÍTICAS, POR MISTURAREM GRÃOS DE QUARTZO COM LAMELAS DE ARGILA, APRESENTAM-SE COMO EXCELENTES MATERIAIS PARA A CONSTRUÇÃO DE ATERROS COMPACTADOS, POIS ALIAM ATRITO E COESÃO.
SOLOS PROVENIENTES DE BASALTO POSSUEM GRÃOS PURAMENTE ARGILOSOS, RESISITINDO SOMENTE À COESÃO.
c)   ESTRADAS:
AS ROCHAS GRANÍTICAS TÊM A GRANDE VANTAGEM DE FORNECER GRAGMENTOS DE BRITA DE FORMA CUBÓIDE, IDEAIS PARA O EMPREGO EM BASES DE ESTRADAS, FACE À ELEVADA RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO E AO DESGASTE QUE A ELAS CONFERE.
O PAVIMENTO É UMA ESTRUTURA CONSTRUÍDA APÓS A TERRAPLENAGEM E DESTINADA, ECONÔMICA E SIMULTANEAMENTE, EM SEU CONJUNTO A:
-          RESISTIR E DISTRIBUIR AO SUBLEITO OS ESFORÇOS VERTICAIS E HORIZONTAIS PRODUZIDOS PELO TRÁFEGO;
-          MELHORAR AS CONDIÇÕES DE ROLAMENTO E SEGURANÇA;
d)   TÚNEIS:
PARA OS TÚNEIS ESCAVADOS EM ROCHAS SÃO NORMALMENTE ESTABELECIDADES AS SEGUIINTES OPERAÇÕES:
-          PERFURAÇAÕ DE FRENTE DE ESCAVAÇÃO COM MARTELETES;
-          CARREGAMENTO DOS FUROS COM EXPLOSIVOS;
-          DETONAÇÃO DOS EXPPLOSIVOS;
-          VENTILAÇÃO E REMOÇÃO DOS DETRITOS E DA POEIRA;
-          REMOÇÃO DA ÁGUA DE INFILTRAÇÃO, SE NECESSÁRIO;
-          COLOCAÇÃO DO ESCORAMENTO PARA O TETO E PAREDES LATERIAS, SE NECESSÁRIO;

SONDAGENS À PERCUSSÃO, SONDAGENS ROTATIVAS, POÇOS DE OBSERVAÇÃO, ENSAIOS GEOFÍSICOS, MAPEAMENTO GEOLÓGICO, INSPEÇÕES DE CAMPO.

NA CONSTRUÇÃO DE TÚNEIS, O COMPORTAMENTO DO MACIÇO DE ROCHA SERÁ, EVIDENTEMENTE, GOVERNADO PELO TIPO E INTENSIDADE DE DIACLASAMENTO QUE APRESENTAR.
UM TÚNEL COM O EIXO NORMAL AO FRATURAMENTO PREDOMINANTE, NA ZONA DE ROCHAS COM DIACLASAMENTO COLUNAR HAVERÁ MENORES DESMORONAMENTOS E, CONSEUQNTEMENTE, NECESSIDADE DE ESCORAMENTOS MENOS ROBUSTOS NO TETO DO TÚNEL.
TÚNEIS EM ROCHAS COM DISCLAMENTO TABULAR, EM GERAL, APRESENTAM MENORES POSSIBILIDADES DE INFILTRAÇÕES DE ÁGUAS SUBTERRÂNEAS.
e)   BARRAGENS:
BARRAGENS EM BASALTOS – PROBLEMAS DE PERMEABILIDADE, DEVIDO AO INTENSO FRATURAMENTO DA ROCHA.
-          INJEÇÃO DE CALDA DE CIMENTO;
-          CORTINA DE JET GROUTING;
-          BERMAS NA REGIÃO DE MONTANTE.
f)   FUNDAÇÕES:
TANTO ROCHAS GRANÍTICAS COMO AS BASÁLTICAS SÃO EXCELENTES MATERIAIS PARA SERVIREM DE FUNDAÇÃO DE PRÉDIOS E DEMAIS OBRAS DE ENGENHARIA.
O PROBLEMA ESTÁ ASSOCIADO AOS SOLOS RESIDUAIS DESSAS ROCHAS – PRESENÇA DE MATACOS.






O que faz um geólogo?


Esta graduação também pode ser encontrada em algumas instituições como Engenharia Geológica. O curso com duração média de cinco anos começa com as matérias básicas: Matemática, Física, Química e Biologia, mas logo no início do curso o estudante vai a campo para familiarizar-se com os conteúdos específicos da Geologia. Na sequência dos estudos entram disciplinas como: Sedimentologia, Paleontologia e Petrografia. Estudos em Geologia Econômica, Tratamento de Minérios e Geologia Urbana estão mais para a fase final do curso. Muitas atividades extraclasses são desenvolvidas com os alunos, chamados trabalhos de campo; onde o estudante faz mapeamento e coleta de material para análise em laboratório. Para conclusão do curso, é exigido um trabalho de campo ou em uma empresa, dependendo do tema escolhido.
Por conta das recentes descobertas de jazidas de petróleo no Brasil, o mercado anda bem aquecido para o geólogo. Na área de mineração ainda há boas perspectivas de emprego. Todos os graduados encontram trabalho, pois em alguns casos existe até a falta de mão de obra qualificada no mercado. No setor público há muitos concursos para a Petrobrás e Companhia de Pesquisa e Recursos Minerais, outra opção é a Vale. Há oportunidades em todas as regiões do país, na Amazônia, Nordeste, Sul e principalmente no Sudeste.

Atividades

Uma das principais atividades do geólogo são o estudo e investigação das ações de forças da natureza sobre o planeta, como a erosão, glaciação e desertificação. Para tal faz muitas pesquisa com fósseis, minérios e topografia dos terrenos. Deve procurar evitar os danos que a exploração desses recursos têm causado ao meio ambiente. Veja os campos de atuação:
  • Na mineração, localiza jazidas e estuda a viabilidade de exploração;
  • Com Geofísica, pesquisa os fenômenos térmicos magnéticos elétricos, gravitacionais ou sísmicos;
  • Na Geologia Ambiental, avalia riscos geológicos e planeja como recuperar o solo;
  • Na Geologia do Petróleo, localiza e explora reservas petrolíferas e de gás natural, na área de recursos energéticos;
  • Com Hidrogeologia, planeja a exploração de depósitos de água, garantindo sua pureza;
  • Como engenheiro geológico, faz levantamento geológico e geotécnico de áreas para a construção de represas, túneis e estradas, também estuda a recuperação de áreas degradadas por atividades de mineração.

O que faz um engenheiro de petróleo

O engenheiro de petróleo, como o próprio nome já diz, trabalha direta ou indiretamente com setores ligados ao petróleo.

As principais funções de um engenheiro de petróleo são:
  • projetar e criar novos reservatórios;
  • simular processos petrolíferos;
  • analisar a qualidade e produção de óleo,
  • monitorar perfurações de poços petrolíferos.
Para tornar-se um engenheiro de petróleo é preciso cursar Engenharia de Petróleo.
O curso é limitado à algumas regiões do Brasil e tem a duração média de 5 anos. Dentre as disciplinas estudadas estão: Laboratório de fluídos; Geologia do Petróleo; Petrofísica; Mecânica das rochas, etc.
Este profissional pode trabalhar diretamente com empresas petrolíferas ou em indústrias fabricantes de equipamentos e motores. O salário médio inicial é de 1.500,00 reais mensais.

O que faz um engenheiro de minas

O engenheiro de minas  se dedica à pesquisa e desenvolvimento de projetos para a extração de recursos minerais.

Este profissional é responsável por localizar jazidas de minérios e analizar a qualidades dos mesmos. Além disso, o engenheiro de minas escolhe os materiais apropriados para a execução da extração de minérios.
É preciso estudar Engenharia de Minas para poder tornar-se um profissional desta área.
O curso é oferecido em algumas universidades do país e o aluno estuda: Física, Química, Geologia, Topografia, Petrologia, Rochas, Mecânica de Solos, Avaliação de Reservatórios de Óleo e Gás, entre outras disciplinas.
O mercado de trabalho para este profissional se restringe à companhias mineradoras e empresas construtoras de estradas. O salário inicial pode chegar à 3.000,00 reais mensais.

Anglo American vai reativar mina em Goiás

Em busca do melhor aproveitamento de seus ativos minerais e de uma redução nos custos operacionais, a mineradora Anglo American vai reabrir sua mina de níquel de Niquelândia, em Goiás. As operações começam em 2013 e vão alimentar a unidade industrial Codemin, na mesma cidade.